Desde sempre quis ler 1984, ficava curiosa quando
ouvia falar do Big Brother, que é uma referência ao livro. E, depois que li a
biografia de Steve, e sobre o comercial arrebatador da Apple, do lançamento do
Macintosh, fiquei mais interessada ainda.
A história se passa na Inglaterra, em Londres. É um
romance distópico, tipo “Jogos Vorazes” e “Admirável Mundo Novo”.
O livro é um mundo a parte, em que as leis são
criadas para controlar as pessoas. Há apenas um partido e um líder - O Grande
Irmão. As pessoas são vigiadas pela Teletela, pelos espiões e até pelos filhos,
que são treinados para denunciar os pais.
1984 foi escrito em 1949, mas sua discussão é muito
atual. Infelizmente, o povo continua sem poder, sendo massa de manobra, e o
Partido, seja qual ele for, continua usando as estratégias de marketing com
aquelas cenas lindas, músicas emocionantes e dados para camuflar a realidade.
É bem provável, que você leitor, ficará o tempo
todo indignado; Como a mídia e a política alcançam níveis gigantescos de poder;
A ponto de impedir as pessoas de fazerem sexo, por prazer, apenas com o
objetivo de procriar.
O Partido mente o tempo todo, altera o passado,
controla o presente e vigia o futuro. As pessoas não têm memórias, suas memórias
são o que o jornal diz. Ninguém escreve mais, apenas em órgãos públicos
que utilizam o falascreve, em que se dita as palavras para uma máquina.
O nosso protagonista é o Winston, ele trabalha no
Ministério da Verdade, sua tarefa é reescrever notas de jornais, panfletos,
etc. Como, por exemplo, o caso do chocolate, em que uma matéria de abril, dizia
que não haveria corte da ração de chocolate. Contudo, a ração foi reduzida de 30
gramas para 20 gramas. Winston reescreveu uma nova matéria que a ração sempre
seria de 20 gramas e que não seria reduzida. Um novo jornal foi reimpresso com
a data de abril e todo o outro com a notícia de que a ração era de 30 gramas
foi queimado.
Havia outras repartições: Ministério da Paz (que
criava bombas), Ministério da Fartura (que regrava a ração), Ministério do Amor
(que fazia as execuções).
A população cega acreditava que essa era a
realidade e a maneira certa de viver. Às vezes, surgiam alguns rebeldes que iam
a julgamento, várias acusações falsas eram lançadas sobre eles. A vida era horrível, mas o povo acreditava que
estava progredindo. Todos tinham medo da polícia do pensamento, quarta parte
do salário era destinada às “contribuições
voluntárias”. Os móveis eram velhos, gastos; as meias cheias de
buracos; comida ruim, chá ralo, pão preto; Era uma sujeira e tudo escasso.
A Teletela dia e noite feria os ouvidos com
estatísticas, provando que o povo tinha mais alimento, mais roupa, melhor
casas, melhor divertimento – que viviam mais, trabalhavam menos, era mais alto,
mais saudável, mais forte, mais feliz, mais inteligente. Outa mentira, era que
o país sempre esteva em guerra com Eurasia, outra ora, era com a Lestasia.
O pais (Oceania/Inglaterra) era dividido em três
classes: o partido, as pessoas que concordavam com o partido e os proles (os
marginalizados). Eles eram excluídos, não faziam parte do sistema. O nosso
protagonista Winston foi atrás deles, nos becos da cidade. Queria saber, porque
o Grande Irmão não conseguiu domina-los?
Os proles eram tão excluídos que o Partido não importava com eles.
Na história Winston se apaixona por Júlia uma morena
sedutora que lhe entregou um bilhete escrito: “Eu te amo.” Os dois começam a se
encontrar escondido. Primeiro numa fazenda, depois numa igreja e por fim num
quarto na periferia, junto aos proles. O quarto funcionou até serem descoberto.
Para eu, o flagrante dos dois, foi a melhor parte
do livro. Eles estavam na cama, quando o quadro da parede caiu, atrás havia uma Teletela, eles estavam sendo vigiados o tempo.
Há algum tempo Winston procurou O’Brien, pois havia
percebido que aquela forma de viver não estava certa, ele queria encontrar um caminho para acabar com
o Partido. O’Brien parecia pensar o mesmo que ele, então marcaram um encontro.
O’Brien lhe disse que havia um grupo
subversivo: a “Fraternidade”, do qual
ele poderia fazer parte. Winston ganhou um livro da Fraternidade que relatava todo
o sistema criado pelo Grande Irmão. Mas o que é de se encabular é que, 15% fazem parte do partido e 85% fazem
parte da prole. Então, por que a prole não se rebela e tomam o poder? Daí chega-se a conclusão de que, o que domina
não é a força, mas sim a persuasão.
Infelizmente, O’Brien é um mentiroso que armou tudo para pega-lo. Winston se sentiu traído, achava que juntos poderiam quebrar o
regime ditatorial. Nosso protagonista foi preso e Júlia também. A prisão é um
lugar horrível. Muito sujo, não lhes davam comida. Torturam os detentos
constantemente, até confessarem tudo, inclusive crimes que não haviam cometidos.
Tapas, pontapés, murros, injeções letais
e o pior de tudo, cada um era torturado com o que mais temia, no caso de Winston
eram as ratazanas.
A única coisa que Winston queria era sair daquele
lugar. O Partido ia destruí-lo, mas por que então tortura-lo? O’Brien diz que
nem mesmo, no instante da morte, pode-se admitir um desvio de pensamento, por
isso, antes de mata-lo, fazia o preso se tornar um dos seus.
O processo da tortura levaria Winston a aprender,
compreender e aceitar. São horríveis as declarações de O’Brien, o que ele pensa
para a o mundo, para a humanidade, é a total abolição das emoções e sentimentos,
restando apenas a devoção pelo partido.
Depois de várias torturas Winston é colocado em
liberdade, contudo sua vida não tem mais importância, ninguém lhe nota, em
todos os lugares ele se passa como um despercebido. Tem um trabalho medíocre e
passa a maioria do tempo, bebendo no bar. Depois foi para a Tribuna dos Réus, e
o tiro do qual fora lhe avisado, na prisão, lhe penetra o crânio e Winston morre.
Esse é o final da história que nos revolta, por
saber que a todo o momento, sentimos o sintoma do Grande Irmão, em momentos
mais intenso como o caso de Hitler e outros menos intensos como no
Brasil com o Partido dos Trabalhadores.
Deus é o único caminho para o homem, quer seja no plano físico ou espiritual. Por isso, sempre fico com a Bíblia que diz: "Conhecerei a verdade e a verdade, vós libertará." E ainda "Foi para a liberdade que Cristo nos libertou."
Deus é o único caminho para o homem, quer seja no plano físico ou espiritual. Por isso, sempre fico com a Bíblia que diz: "Conhecerei a verdade e a verdade, vós libertará." E ainda "Foi para a liberdade que Cristo nos libertou."
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