Jornalista, cristã e sonhadora.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Resenha 1984 George Orwell

Desde sempre quis ler 1984, ficava curiosa quando ouvia falar do Big Brother, que é uma referência ao livro. E, depois que li a biografia de Steve, e sobre o comercial arrebatador da Apple, do lançamento do Macintosh, fiquei mais interessada ainda.

A história se passa na Inglaterra, em Londres. É um romance distópico, tipo “Jogos Vorazes” e “Admirável Mundo Novo”.

O livro é um mundo a parte, em que as leis são criadas para controlar as pessoas. Há apenas um partido e um líder - O Grande Irmão. As pessoas são vigiadas pela Teletela, pelos espiões e até pelos filhos, que são treinados para denunciar os pais.

1984 foi escrito em 1949, mas sua discussão é muito atual. Infelizmente, o povo continua sem poder, sendo massa de manobra, e o Partido, seja qual ele for, continua usando as estratégias de marketing com aquelas cenas lindas, músicas emocionantes e dados para camuflar a realidade.

É bem provável, que você leitor, ficará o tempo todo indignado; Como a mídia e a política alcançam níveis gigantescos de poder; A ponto de impedir as pessoas de fazerem sexo, por prazer, apenas com o objetivo de procriar. 

O Partido mente o tempo todo, altera o passado, controla o presente e vigia o futuro. As pessoas não têm memórias, suas memórias são o que o jornal diz.   Ninguém escreve mais, apenas em órgãos públicos que utilizam o falascreve, em que se dita as palavras para uma  máquina.


O nosso protagonista é o Winston, ele trabalha no Ministério da Verdade, sua tarefa é reescrever notas de jornais, panfletos, etc. Como, por exemplo, o caso do chocolate, em que uma matéria de abril, dizia que não haveria corte da ração de chocolate. Contudo, a ração foi reduzida de 30 gramas para 20 gramas. Winston reescreveu uma nova matéria que a ração sempre seria de 20 gramas e que não seria reduzida. Um novo jornal foi reimpresso com a data de abril e todo o outro com a notícia de que a ração era de 30 gramas foi queimado.

Havia outras repartições: Ministério da Paz (que criava bombas), Ministério da Fartura (que regrava a ração), Ministério do Amor (que fazia as execuções).

A população cega acreditava que essa era a realidade e a maneira certa de viver. Às vezes, surgiam alguns rebeldes que iam a julgamento, várias acusações falsas eram lançadas sobre eles. A vida era horrível, mas o povo acreditava que estava progredindo. Todos tinham medo da polícia do pensamento, quarta parte do salário era destinada às “contribuições voluntárias”.  Os móveis eram velhos, gastos; as meias cheias de buracos; comida ruim, chá ralo, pão preto; Era uma sujeira e tudo escasso.


A Teletela dia e noite feria os ouvidos com estatísticas, provando que o povo tinha mais alimento, mais roupa, melhor casas, melhor divertimento – que viviam mais, trabalhavam menos, era mais alto, mais saudável, mais forte, mais feliz, mais inteligente. Outa mentira, era que o país sempre esteva em guerra com Eurasia, outra ora, era com a Lestasia.

O pais (Oceania/Inglaterra) era dividido em três classes: o partido, as pessoas que concordavam com o partido e os proles (os marginalizados). Eles eram excluídos, não faziam parte do sistema. O nosso protagonista Winston foi atrás deles, nos becos da cidade. Queria saber, porque o Grande Irmão não conseguiu domina-los?  Os proles eram tão excluídos que o Partido não importava com eles.

Na história Winston se apaixona por Júlia uma morena sedutora que lhe entregou um bilhete escrito: “Eu te amo.” Os dois começam a se encontrar escondido. Primeiro numa fazenda, depois numa igreja e por fim num quarto na periferia, junto aos proles. O quarto funcionou até serem descoberto.


Para eu, o flagrante dos dois, foi a melhor parte do livro. Eles estavam na cama, quando o quadro da parede caiu, atrás havia uma Teletela, eles estavam sendo vigiados o tempo.

Há algum tempo Winston procurou O’Brien, pois havia percebido que aquela forma de viver não estava certa,  ele queria encontrar um caminho para acabar com o Partido. O’Brien parecia pensar o mesmo que ele, então marcaram um encontro.

O’Brien lhe disse que havia um grupo subversivo: a “Fraternidade”, do qual ele poderia fazer parte. Winston ganhou um livro da Fraternidade que relatava todo o sistema criado pelo Grande Irmão. Mas o que é de se encabular é que, 15% fazem parte do partido e 85% fazem parte da prole. Então, por que a prole não se rebela e tomam o poder?  Daí chega-se a conclusão de que, o que domina não é a força, mas sim a persuasão.

Infelizmente, O’Brien é um mentiroso que armou tudo para pega-lo. Winston se sentiu traído, achava que juntos poderiam quebrar o regime ditatorial. Nosso protagonista foi preso e Júlia também. A prisão é um lugar horrível. Muito sujo, não lhes davam comida. Torturam os detentos constantemente, até confessarem tudo, inclusive crimes que não haviam cometidos.  Tapas, pontapés, murros, injeções letais e o pior de tudo, cada um era torturado com o que mais temia, no caso de Winston eram as ratazanas.

A única coisa que Winston queria era sair daquele lugar. O Partido ia destruí-lo, mas por que então tortura-lo? O’Brien diz que nem mesmo, no instante da morte, pode-se admitir um desvio de pensamento, por isso, antes de mata-lo, fazia o preso se tornar um dos seus.

O processo da tortura levaria Winston a aprender, compreender e aceitar. São horríveis as declarações de O’Brien, o que ele pensa para a o mundo, para a humanidade, é a total abolição das emoções e sentimentos, restando apenas a devoção pelo partido.

Depois de várias torturas Winston é colocado em liberdade, contudo sua vida não tem mais importância, ninguém lhe nota, em todos os lugares ele se passa como um despercebido. Tem um trabalho medíocre e passa a maioria do tempo, bebendo no bar. Depois foi para a Tribuna dos Réus, e o tiro do qual fora lhe avisado, na prisão, lhe penetra o crânio e Winston morre.

Esse é o final da história que nos revolta, por saber que a todo o momento, sentimos o sintoma do Grande Irmão, em momentos mais intenso como o caso de Hitler e outros menos intensos como no Brasil com o Partido dos Trabalhadores.

Deus é o único caminho para o homem, quer seja no plano físico ou espiritual. Por isso, sempre fico com a Bíblia que diz: "Conhecerei a verdade e a verdade, vós libertará." E ainda "Foi para a liberdade que Cristo nos libertou."


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